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quarta-feira, 7 de abril de 2010

8 DE ABRIL DIA INTERNACIONAL DO ROMA - DIGA NÃO AO PRECONCEITO

Dia Internacional dos Ciganos – 8 de Abril

O Dia Internacional dos Ciganos celebra a identidade da comunidade cigana (cultura, língua e tradições) e tem como objectivo sensibilizar a opinião pública para os problemas que enfrentam os ciganos através da organização de actividades e eventos em todo o mundo. Cerca de 10 milhões de ciganos vivem na UE, sofrendo frequentemente de violência racista, incitamento ao ódio e discriminação no acesso ao emprego, educação, cuidados de saúde e serviços públicos e sociais. Esta discriminação está generalizada na UE, tendo um inquérito (inquérito Eurobarómetro 296) em 2008 revelado que cerca de um quarto de todos os europeus se sentiria desconfortável com o facto de ter um vizinho de etnia cigana.

Estão disponíveis mais informações sobre a situação da comunidade cigana na Europa no Web site do Gabinete Europeu de Informação sobre os Ciganos (ERIO). Poderá também ler a nossa entrevista com o Director Executivo do ERIO, Ivan Ivanov, na última edição do boletim informativo «Acabar com a Discriminação».



Menina cigana comove a Itália

Fonte: Correio da Manhã

Rebecca Covaciu é uma menina romena de etnia cigana. (Sobre)vive em Itália, onde os ciganos têm nos últimos anos sofrido perseguições desumanas. Aos 12 anos, tem já uma história de vida marcada pela marginalização e pelo sofrimento. Comoveu os italianos e, agora, em jeito de apelo, deixa um testemunho tocante à Europa.

O drama da pequena Rebecca começou quando a família deixou Arad (Roménia), ironicamente para fugir à pobreza e à discriminação. Em Itália, no entanto, os Covaciu têm sido alvo do ódio racial. Em Milão quase foram linchados por um grupo racista e a polícia destruiu por várias vezes os abrigos provisórios construídos pelo pai de Rebecca, Stelian, deixando a família a viver na rua. E só a ajuda de uma organização humanitária impediu Stelian, a mulher e os quatro filhos do casal de morrer à fome.

Seguiram-se depois Ávila (Espanha), Nápoles e, agora, Potenza, na região de Basilicata, Sul de Itália. Vários pousos, mas o mesmo denominador comum – uma vida de perseguições e de miséria. Já foi agredida pela polícia, viu o pai ser espancado para a defender, viu morrer outras crianças por falta de medicamentos e um acampamento de ciganos ser incendiado. Também já mendigou com os pais em Espanha e em Itália.

Agora, num vídeo intitulado ‘Querida Europa’, que será exibido no Parlamento Europeu, Rebecca, cujo sonho é ir à escola e que os seus pais tenham trabalho, deixa o apelo na primeira pessoa. "Quando eu crescer, quero ajudar os pobres e pintar o mundo dos ciganos. Ajudem--nos", afirma Rebecca, que já ganhou um prémio de desenho da UNICEF.

A sua história está a emocionar os italianos numa altura em que o governo avança com um polémico censo da população cigana – iniciativa que se pretende alargar ao nível europeu, propondo a criação de um banco de DNA e impressões digitais de crianças ciganas.

Paulo Madeira com agências


Criança Cigana é arrancada da mãe em Jundiaí - SP

ONGs ciganas saem em defesa de mãe que teve filha retirada à força
18/03/2010 - 17:23:56 - G1
 
A mãe, de origem cigana, afirma que ganha dinheiro apenas com a leitura de mãos
 
Quinze integrantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) de defesa de direitos da comunidade cigana se posicionaram em frente ao Fórum de Jundiaí na tarde desta quinta-feira (18) para acompanhar a audiência de conciliação que trata da menina de um ano e dois meses arrancada dos braços da mãe por uma integrante da Guarda Civil Municipal na segunda-feira (15). A Polícia Militar mantém uma base comunitária e um carro no local.
 
A audiência teve início às 16h. A cigana reencontrou a filha na manhã desta quinta.
 
De acordo com a acusação que deu origem ao procedimento investigatório e à ordem judicial para apreensão da criança, a mãe usava o bebê para sensibilizar a população da cidade a entregar esmolas em uma rua do centro de Jundiaí. A mãe, de origem cigana, afirma que ganha dinheiro apenas com a leitura de mãos e nega que tenha explorado a criança. O bebê foi levado para uma creche.
 
Márcia Yáskara Guelpa, da Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci), disse ao G1 que a comunidade cigana entendeu que a apreensão da criança não levou em consideração a cultura da comunidade. "Ela não estava mendingando. Toda mãe cigana anda com o filho colado ao corpo. Me sinto totalmente insultada e perplexa. Vamos até o fim. Queremos saber o porquê disso", afirmou.
 
Azimar Olon, do Centro de Estudos e Resgate da Cultura Cigana, disse que as lideranças estão dispostas a dormir na praça em frente ao fórum até que a criança seja liberada. "Já estamos acostumados. Para nós não será nenhum esforço", afirmou.
 
O advogado Frederico de Pieri, contratado para defender a família no processo investigatório instaurado pela Justiça, afirmou que vai requerer ao juiz da Vara da Infância e Juventude de Jundiaí a liberação da criança, sob o argumento de que ela é bem tratada pela mãe e que tem residência fixa em Campinas, também no interior de São Paulo.
 
Em nota, a Prefeitura de Jundiaí disse que a Guarda Municipal "lamenta profundamente o ocorrido". "Não cabe à Guarda Municipal discutir e sim obedecer as razões que determinaram a decisão do Juiz da Vara da Infância e Juventude, dr. Jefferson Barbin Torelli. A ação foi realizada no estrito cumprimento de mandado judiciário, que não pode ser desobedecido."