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sábado, 2 de março de 2013

Karl Stojk





Karl Stojka
Karl Stojka
Wampersdorf, Áustria
20 de abril de 1931
Karl era o quarto dos seis filhos de uma família de ciganos católicos que vivia no povoado de Wampersdorf, leste da Áustria. Os Stojkas pertenciam a uma tribo cigana chamada Lowara Roma que vivia do comércio itinerante de cavalos. Eles moravam em carroças que transportavam famílias inteiras e passavam os invernos em Viena, capital da Áustria. Os antepassados de Karl haviam vivido na Áustria por mais de 200 anos.
1933-39: Cresci acostumado à liberdade, viagen, e trabalho duro. Pouco antes que eu completasse sete anos a Alemanha anexou a Áustria. Em março de 1938 nossa carroça estava estacionada em uma area própria para tais veículos, na área de camping de Viena, para passar o inverno, e os alemães nos deram ordem para permanecermos no mesmo local. Meus pais transformaram nossa carroça em uma casa de madeira, mas eu não estava acostumado a ter paredes me cercando. Meu pai e minha irmã mais velha foram trabalhar em uma fábrica, e eu iniciei meus estudos primários.

1940-44: Em 1943 minha família havia sido deportada para um campo nazista em Birkenau, destinado a prender milhares de ciganos. Passamos a viver cercados por arames farpados. Por volta de agosto de 1944 apenas 2.000 ciganos haviam conseguido sobreviver, e dentre eles eu e mais 917 outros fomos colocados em um vagão para efetuarmos trabalho escravo em Buchenwald. Lá chegando, os alemães decidiram que 20 de nós éramos incapazes de suportar o trabalho e resolveram nos enviar de volta para Birkenau. Eu era um dos incapazes, pois me consideraram muito jovem para conseguir efetuar os trabalhos, mas meu irmão e meu tio disseram que eu tinha 14 anos e era pequeno por ser anão. Assim, eu consegui ficar. Os outros foram mandados para a morte por inalação de gases venenosos.

Karl mais tarde foi deportado para o campo de concentração de Flossenbürg. Ele foi libertado perto de Roetz, na Alemanha, pelas tropas norte-americanas no dia 24 de abril de 1945. Depois da Guerra ele retornou a Viena.

Lendas Ciganas







Lendas Ciganas


- Jacó era um ferreiro cigano e passava por Jerusalém no tempo de Jesus. Sua comitiva estava parada perto da cidade santa, quando o Mestre foi preso e julgado. Os romanos preparavam o suplício e precisavam de gente para trabalhar. Nenhum carpinteiro ou ferreiro judeu, quis fazer a cruz ou fundir os cravos de ferro. Daí, que os carrascos romanos obrigaram Jacó, sob ameaça da espada, a fazer os três cravos da crucificação, dois para as mãos e um para os pés. Jacó sabia que Jesus era um justo, por isso amaldiçoou os romanos, predizendo a destruição de Roma por sua ganância e violência. Os algozes também obrigaram ele a pregar o Mestre no madeiro. Ele fez isto chorando e pedindo ao Mestre perdão. O nazareno, envolto na dor, disse ao cigano que não se preocupasse, pois o seu povo era nobre e fiel. Disse também que seriam todos agraciados, pela presença de uma virgem que viria do mar. Desde então, os ciganos passaram a esperar pela virgem e caminhar por todo o canto do Oriente e do Ocidente. Até que um dia, apareceu Santa Sara, a virgem negra. Era o dia 25 do mês de maio. Por isso, os ciganos são devotos de dois santos: a prometida Santa Sara e São Jorge, o patrono dos ferreiros. No Brasil os ciganos também são devotos de Nossa Senhora Aparecida.