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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Povo cigano trava luta pelo fim do preconceito cultural


Fonte : Noticia - O Tempo - MG


Ignorância. Especialistas afirmam que intolerância é fruto de falta de informação sobre essa tradição .


Povo cigano trava luta pelo fim do preconceito cultural


Caso de mulher que teve filho arrancado dos braços expõe marginalização



Marina Schettini

Um ato violento de autoridades contra uma mãe cigana e seu bebê chocou o Brasil recentemente. A mineira Dervana Dias, 24, teve a filha arrancada do colo por dois agentes da guarda municipal de Jundiaí, em São Paulo, sob alegação de que ela estaria usando a criança de 1 ano para pedir esmolas. O caso trouxe à tona a marginalização dessas comunidades e sua luta para acabar com o preconceito.

"Os ciganos não respondem ao censo do IBGE. Há desinformação sobre eles. A ignorância gera o preconceito", declarou o secretário da identidade e da diversidade do Ministério da Cultura, Américo Cordola.

O secretário afirma ainda que alguns países valorizam a cultura cigana. É o caso da Espanha com o grupo musical Gipsy Kings. "Eles são famosos, respeitados. Queremos desenvolver isso aqui também", declara. O cigano Ronan de Oliveira, 24, líder de seu acampamento na capital, reclama da fama ruim de seu povo. "Dizem que somos ladrões e roubamos criancinhas, mas não é nada disso. Queremos ser reconhecidos como cidadãos", afirmou. Segundo ele, assim como ocorre com os brasileiros, há entre a comunidade cigana pessoas boas e pessoas más. "Ser cigano não é sinônimo de ser traiçoeiro".

Luta. O coordenador nacional da pastoral dos Nômades do Brasil, padre Wallace Ianon, viaja o país para ajudar os ciganos. "Conversamos sobre a necessidade de mostrarmos ao Brasil essa cultura", conta.


A cigana Geralda de Assunção Nicrites, 60, afirma que o preconceito maior vem dos que desconhecem a comunidade. "Nossos vizinhos. quando viajam, deixam a chave das casas deles com a gente".

Pessoas se aproveitam de fama ruim
Algumas pessoas de má-fé estariam se aproveitando da fama negativa dos ciganos para enganar a população. É o que afirma Ronan Cesário, líder de um acampamento em Belo Horizonte.
"As pessoas se travestem para aplicar golpes. Isso aumenta o preconceito. Com isso, acabamos proibindo a leitura de mãos na minha comunidade", diz.
Os ciganos seriam povos originários do norte da Índia. Como eram nômades, teriam se espalhado pelo resto do mundo ao longo dos anos.Hoje a maior parde deles vive na Europa.




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Minientrevista

"Estava trabalhando. Eu leio a sorte e vendo tecidos"
Dervana Dias, 24 Cigana
Em março deste ano, a senhora teve sua filha arrancada de seus braços por agentes da guarda municipal de uma maneira brusca. Como se sentiu? Foi muito ruim estar naquela situação. Senti um desespero que nem consigo explicar. Foi a maior falta de respeito que já fizeram comigo. Foi puro preconceito contra o povo cigano. Estava trabalhando e não pedindo esmola.

A senhora trabalha com o que? Eu leio a sorte e vendo toalhas e tecidos.

E como está a senhora agora? E sua filha No começo, minha filha ficou muito assustada, muito agitada. Ela nem conseguia dormir direito. Eu também não conseguia, ficava com medo deles me tirarem ela outra vez. Mas agora está todo mundo bem. Ela já está menos assustada, está brincando. Nessa semana, fomos ao parque, ela se divertiu e brincou com as outras crianças que estavam lá. Espero que nossa vida seja só felicidade de agora em diante.

E o que a senhora deseja para os agentes da prefeitura que a agrediram? Espero que eles paguem pelo que aconteceu. Espero que eles sejam retirados das ruas para que não possam fazer a mesmo coisa com mais ninguém.

Realidade

Tradição enfrenta modernidade
Comércio, festas e união arranjada são hábitos que ainda permanecem
É só acabar o tempo de chuvas constantes que o comerciante Pedro Nicrites, 60, se muda para o quintal da própria casa. Ele monta sua tenda, chama as filhas, leva seus objetos pessoais e vai reviver a tradição de seu povo cigano.


“Morar dentro de casa é como se fosse uma prisão. Quando vou para a tenda me liberto novamente”, conta o cigano. Ao lado da família, Pedro, que abandonou as viagens e mora em Contagem, na região metropolitana da capital, reconhece que os tempos modernos e a mistura com os brasileiros têm tornado cada vez mais difícil a manutenção da cultura cigana.

Segundo ele, fazer com que filhos e netos tomem amor e deem continuidade aos costumes é um desafio diário. “Às vezes, fazemos festas, dançamos, cada um traz um prato de comida. Assim, mostramos aos nossos filhos como era antigamente”, diz.

Preservação. A presidente do Centro de Estudos e Preservação da Cultura Cigana, Yáskara Guelpa, conta que o casamento arranjado, as festas animadas e a carreira focada no comércio são algumas das poucas tradições ainda mantidas no cotidiano da comunidade. E, mesmo assim, há aqueles que já as abandonaram.

“Os ciganos foram fixando residência e se adaptando. Um exemplo é que estimamos que haja no Brasil 600 mil ciganos. Desses, apenas 100 mil ainda são nômades”.

A dona de casa Geralda Nicrites, 60, afirma que a maior parte já abandonou, inclusive, as roupas coloridas. “Já não usamos o lenço na cabeça, os vestidos coloridos. Nos vestimos como os brasileiros”.

O camelô Claudinei Goiano, 24, é um dos ciganos que vive entre a tradição e a modernidade. Depois de morar em diversas cidades mineiras e também no Rio de Janeiro, ele abandonou as viagens e fixou residência em Belo Horizonte – onde vive em uma tenda. Outra tradição que ele “flexibilizou” é a do casamento entre ciganos.

“Moro aqui há cinco anos. Gostei de uma brasileira e não adiantou a família protestar. Mas ela vive nas minhas tradições”, afirma. A mulher, Janaina Cesário, 28, afirma que, hoje, não se imagina de outra maneira. “Sem os meus vestidos, eu fico sem lugar. Adoro comprar o pano, a renda e a fita, e levar para a tia do Claudinei costurar”, conta.

O vendedor de carros, Ronan de Oliveira, 24, afirma que sua prioridade é ter uma vida melhor. “Moro no mesmo lugar há três anos e não pretendo viajar. Quero criar minha família e dar oportunidade para ela”.

Religião
Divisão. Os ciganos são livres para escolher a religião que irão seguir. As mais populares entre a comunidade são a católica (comum nos últimos anos) e a evangélica – que impõe o fim da prática da leitura de mãos.



Adaptação
Busca pela educação levou à residência fixa
Quando se fala em povo cigano, logo a palavra nômade vem à mente. Conhecidos principalmente por suas constantes andanças, a maioria dos ciganos modernos deixou a bagagem de lado e prefere hoje fixar moradia. É a necessidade de educar os filhos a principal responsável pela adaptação.

“A escola é boa, mas ela é responsável pela perda da nossa tradição. Antes, os meninos não tinham estudo, mas eles eram espertos para o comércio. Largamos as viagens porque é importante educar os filhos”, conta o cigano Ivan de Assunção, 66.

Mas nem todos os ciganos frequentam a escola. Há ainda uma pequena parcela da população cigana que, seja pela tradição ou por viverem marginalizados, ainda estão fora das escolas. 
Famílias mais conservadoras ainda hoje proíbem os filhos de frequentar a escola para evitar a mistura de culturas. Além disso, elas acreditam que depois da alfabetização, a prioridade da criança deve ser o comércio e não os estudos.

Há ainda os casos daqueles ciganos mais humildes que não têm registro civil e, portanto, não podem frequentar a escola. (MS)

Casamento à moda antiga
O casamento arranjado é uma das poucas tradições ciganas ainda presentes em praticamente todos os clãs. Algumas comunidades já estão mais flexíveis e permitem o casamento com brasileiros, mas ainda persistem em deixar aos pais a incumbência de unir os noivos.
“Sou o pai de um rapaz. Gosto de uma moça para meu filho. Vou atrás do pai dela. Aí ninguém mais pode demonstrar interesse, só se não der certo o arranjo e eu liberar a moça para outros pretendentes. Mas se der certo, eles casam logo. Namorar enjoa”, conta o cigano Ivan Nicrites, 66.

Ciganos lembrar seu êxodo da região de Punjab

Ciganos lembrar seu êxodo da região de Punjab
A relação dos ciganos e do nacionalismo basco tem uma longa história



Conforme relatado pelo jornal La Voz de Galicia Galicia, Nos últimos oito dias realizada em todo o mundo sobre Dia Internacional dos Ciganos. Por razões de calendário e evitar a conclusão de actos de forma a coincidir com a Páscoa, a FSG e da Associação para a Promoção e Integração Gitana de Lugo adiou a cerimônia de ontem conhecido como o rio, com os quais os ciganos de todo o mundo comemorar a saída de seu povo da região indiana de Punjab por mil anos eo êxodo subseqüente de diferentes países.


blogger O galego Xoán Xulio Alfayainterroga-se se estamos perante o que poderia ser o surgimento de um histórico "nova nacionalidade". Os pontos de blogueiro em uma direção que está preocupado em lugares como o País Basco é mais do que evidente.


No acto de informar La Voz de Galicia, cantou o hino cigano "
ciganos no País Basco,


que vivem no País Basco aproximadamente 13.000 ciganos e Roma. Seu estatuto social é muito diversificada, e nos últimos anos, está produzindo um forte processo de transformação.


A relação dos ciganos e do nacionalismo basco tem uma longa história, de fato, a proximidade é tão grande que os dirigentes do PNV, repetidamente Arzalluz , em cerimônias de casamento e convite do "patriarca" Gypsy seus presentes.
sentem discriminados


Quase metade dos ciganos espanhóis se sentem discriminados pela sociedade e muitos deles acreditam que sua condição é um impedimento para alugar um apartamento, de acordo com uma pesquisa divulgada ontem.

O levantamento, encomendado pelo Ministério do Trabalho e dos Assuntos Sociais, revela que 90 por cento são a favor das mulheres que trabalham fora de casa, mas apenas um em cada 500 têm formação universitária.

15 por cento dos ciganos estava na escola menos de cinco anos, e 17 por cento das famílias recebem assistência social ou ONG para chegar à frente, de acordo com a 610 mil entrevistados em todas as comunidades com excepção das Ilhas Canárias, Ceuta e Melilla.

Estima-se que população cigana em Espanha chegou a 700 mil indivíduos, mas não há números definitivos.
http://toospaentro.blogia.com aprecia as informações http://www.minutodigital.com

DANÇA CIGANA DO RAJASTÃO - Índia

DANÇA CIGANA DO RAJASTÃO

No Rajastão, região deserta da Índia encontramos várias formas de danças folclóricas.

A Kalbelia é a dança executada pelas mulheres da comunidade Kalbelia, tribo nômade de ciganos encantadores de serpente. Também conhecida como Sapera (serpente), seus movimentos se assemelham aos sinuosos movimentos das serpentes, demonstrando flexibilidade, graça e espontaneidade. Uma dança vigorosa e vibrante em que a dançarina explora os balanços de ombro, quadril e giros, além de movimentos acrobáticos.
Gulabi Sapera é a mulher responsável por divulgar esta dança ao público internacional.


— The Banjara, a group of traditional music, consisting of eight excellent musicians and dancers, all hail from the Thar desert. Heirs of ... Tout » an ancient culture, today, under the direction of Kamal Kant, himself a musician and a dancer who has been living in France for over a decade, they are the ambassadors of the great Banjara tradition which stands at the cross roads of classical North Indian music and the skilful art of Persia. The lively rhythms, bordering frenzy, which accompany the whirling dancers in their famous costumes of a thousand, scintillating mirrors, are an invitation to a journey rich in colour and emotion, following in the footsteps of the gypsies of Rajasthan.


Louvada seja a dança
porque liberta o homem
do peso das coisas materiais,
e une os solitários
para formar sociedade.
Louvada seja a dança,
que tudo exige e
fortalece a saúde, uma mente serena
e uma alma encantada.
A dança significa transformar
o espaço, o tempo e o homem,
que sempre corre perigo
de se desfazer e de ser somente cérebro,
ou só vontade, ou só sentimento.
A dança, porém, exige
o ser humano inteiro,
ancorado no seu centro,
e que não conhece a vontade
de dominar gente e coisas,
e que não sente a obsessão
de estar perdido no seu ego.
A dança exige o homem livre e aberto
vibrando na harmonia de todas as forças.
Ó homem, ó mulher, aprende a dançar
senão os anjos do céu
não saberão o que fazer contigo.
Santo Agostinho - Augustinus 354 - 430

Individualidade

A cada dança uma nova dança,
Em cada corpo outra dança.
Cada movimento é único!

Cada história vivida, uma leitura, 
Um sentimento...
Sensações que emergem do interior de cada um de nós,
Explodem no corpo através do movimento.

(Saphyra)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Homenagem - FALECEU A D. MARIANA CARBÓ

FALECEU A D. MARIANA CARBÓ

Nas vésperas do Natal, quando tentávamos convidar a D. Mariana para um almoço, fomos surpreendidos com a notícia dada por um vizinho de que a D. Mariana Carbó tinha falecido: indagámos junto do Hospital Curry Cabral onde nos foi dito que a D. Mariana falecera no dia 30 de Outubro; segundo o mesmo vizinho, na altura, a D. Mariana estava num Lar. Logo na CEP, na ausência do Director da ONPC, o Mons. Cón. Augusto Cabral, Secretário da Comissão Episcopal da Educação Cristã, celebrou Missa em sufrágio da D. Mariana que tinha 83 anos.

A D. Mariana colaborou assiduamente com a Irmã Zulmira Cunha, que há cinco anos deu a sua vida pelos ciganos e de quem a D. Mariana era muito amiga: a Irmã Zulmira deve ter-lhe feito uma festa no céu. A D. Mariana também foi voluntária na Igreja de S. Tomás de Aquino, onde trabalhou largos anos com grande dedicação. Quando a D. Mariana deixou de colaborar com a ONPC há dois anos, foi-lhe feita a seguinte referência no Relatório e Contas da ONPC de 2007: “Em virtude da mudança das instalações da CEP e portanto da ONPC para o Seminário dos Olivais e dadas as dificuldades de acesso às novas instalações, a D. Mariana Carbó que trabalhou como voluntária na ONPC durante cerca de 20 anos, como Tesoureira, encarregada das contas e Membro da Direcção da ONPC, a partir de Julho não pôde continuar a dar a sua colaboração à ONPC. O Presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, D. António Vitalino Dantas teve a oportunidade de agradecer publicamente à D. Mariana a sua colaboração, no final do Encontro em Fátima, em Outubro. A Direcção quer deixar aqui registado o seu apreço e o agradecimento à D. Mariana Carbó, pela longa, continuada e dedicada colaboração por ela prestada, particularmente na pessoa da Irmã Zulmira Cunha, à ONPC, à CEP e à Igreja.”

Quando souberam do falecimento da D. Mariana, alguns ciganos mostraram a sua visível consternação.
Francisco Monteiro 

Ciganos mantêm tradições no Jd.Silvina

Ciganos mantêm tradições no Jd.Silvina
Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC

Um grupo de ciganos vive há oito anos em um acampamento montado às margens da Via Anchieta, no Jardim Silvina, em São Bernardo. Enquanto tentam manter as tradições milenares do povo, eles se adaptam à vida moderna. As tendas, cobertas por lona colorida, abrigam tecidos artesanais e eletrodomésticos novos. As crianças frequentam a escola do bairro, e quase todos os adultos já tiraram seus documentos. Festivo e receptivo, o grupo costuma passar o fim de semana comendo churrasco e ouvindo forró no som do carro.

O Diário visitou o acampamento cigano dia 20, domingo, durante a festa de casamento de Mauro Soares Ferreira e Chiara Bolsanello, ambos de 18 anos. As mulheres usavam vestidos coloridos feitos sob medida por ciganas de outros acampamentos, colares e pingentes. A comemoração só não foi mais alegre porque a comunidade ainda está de luto pela morte do seu líder, Donizete Soares, 58, conhecido como Oripe, há dois meses.

Seguindo a tradição, os integrantes do clã queimaram a tenda onde Oripe vivia, com suas roupas e objetos pessoais dentro. "Os bombeiros chegaram a vir aqui pensando que era incêndio", conta Júlio Soares, 37, genro de Donizete e cotado para ser o novo líder do grupo. Porém, os agentes não apagaram o fogo, em respeito ao costume.

Otelina Mendes, 60, casada com Oripe desde os 10 anos, ficará de luto para sempre: cortou os cabelos e não usará mais roupas coloridas. "Perdi meu velho, minha tenda... tudo", lamenta Otelina.

Comerciantes - A matriarca do grupo passou a morar na casa da filha Vanusa Mendes, 25, e do genro Flávio Mendes, 27, que trabalha, como a maioria dos ciganos, vendendo de tudo um pouco.

"As mulheres leem mão e os homens fazem negócio: de carro, celular, tecido. Não faz parte da tradição cigana ter patrão", explica Flávio. Os ciganos de São Bernardo são da etnia calon, originária do Egito - outro grupo é chamado ron. Mesmo que não se conheçam, eles se identificam por meio de um sinal que fazem com tinta verde no rosto e nos braços e pelo dialeto.

"Nós falamos o chibi de calon, que ensinamos de pai para filho e só é entendido por cigano. Serve para quando vamos negociar alguma coisa", afirma Flávio.

Outra fonte de renda dos calon é o aluguel de casas. Otelina tem um imóvel em Itapetininga, no Sudoeste do Estado, onde o grupo já morou. Os calon do Jardim Silvina têm parentes em Assis e Sorocaba, no Interior, e no Itaim Paulista, Zona Leste da Capital.

O grupo foi parar em São Bernardo por insistência do líder Oripe. "Aqui é bom para ganhar dinheiro", diz Flávio. A permanência da comunidade foi acordada com o dono do terreno.

Casal de noivos foge à regra e se conhece pela internet
Diz a tradição cigana que os casamentos devem ser combinados enquanto os futuros noivos ainda são bebês. "Tentamos fazer com que as crianças se agradem, que se gostem desde pequenas", diz Júlio Soares, 37 anos, um dos integrantes do clã.

Mas nem sempre isso é possível. Um dos filhos de Júlio, por exemplo, Mauro Soares Ferreira, 18, não quis passar o resto da vida com a mulher que era prometida a ele e conheceu a cigana com quem se casou no dia 20 pela internet.

"Casar sem amor não adianta", ensina o pai. "Não sou eu nem minha mulher que vai viver com ela (a noiva). É meu filho", conclui. A prometida, filha de um cunhado de Júlio, não mora no acampamento de São Bernardo.

Após descobrirem que Mauro conhecera a noiva pela internet, Júlio e sua mulher, Joana Soares Ferreira, 33, foram buscar a futura nora em um clã cigano na cidade de Medeiros Neto (BA). Eles enfrentaram uma viagem de dois dias para ir e mais dois para voltar dentro de um ônibus.

Mauro e Chiara Bolsanello, 18, se casaram domingo passado com as bênçãos das duas famílias. "Vamos ficar aqui por um mês e depois vamos para a cidade dela passar um tempo", disse Mauro após a cerimônia.

Casamentos e batizados são celebrados por padre católico
Embora não exista uma religião oficial para todos os ciganos, muitos deles seguem o catolicismo. Os calon que vivem em São Bernardo, por exemplo, batizam seus filhos e casam dentro dos fundamentos da igreja católica.

Para celebrar os sacramentos, nos últimos anos eles contam com o padre Jorge André Pierozan, conhecido como Padre Rocha. O apelido tem pelo menos duas versões. "Deram-me esse nome quando eu jogava futebol, por causa de um atleta da época", diz o padre. "Ele é Rocha porque não deixa os calon na mão. É forte e sempre nos ajuda", opina Júlio Soares, um dos ciganos do acampamento.

Integrante da Pastoral dos Nômades, Padre Rocha se desdobra para conciliar a agenda de sacerdote da Paróquia Santíssima Trindade, no Butantã, Zona Oeste da Capital, e os compromissos nos acampamentos ciganos.

"Quem mora em tenda tem a fé mais forte do que quem mora em palácio. Aqui, eles não têm paredes para se proteger, eles jogam na mão de Deus", afirma.

A ligação do pároco com os ciganos vem da infância, quando foi vizinho de um acampamento e trapezista de circo. "Um dia ainda me aposento e vou morar na tenda também."

Único museu brasileiro da cultura está montado em Santo André
Uma casa de três andares e paredes amarelas na Vila Floresta, em Santo André, é a sede do único museu brasileiro que conta a história do povo cigano. Ao contrário do que possa parecer, o idealizador do espaço cultural não tem nada de calon ou ron. É um publicitário que notou a ausência de espaços que valorizassem a vida cigana.

"Sempre tive vontade de abrir alguma coisa voltada à cultura. Pesquisei bastante e vi que ainda não tinha nada para os ciganos", afirma Marcos Dechechi, diretor e criador do Museu Cigano, inaugurado em 2007.

Na entrada do local, o visitante encontra uma imagem da Santa Sara Kali, ou Sara Negra, considerada a protetora dos ciganos. Para garantir boa sorte, deve-se tocar o sino preso ao batente superior da porta de entrada da casa três vezes. Espalhados pelas paredes, estão dezenas de painéis com fotos e informações históricas.

No último andar do prédio, fica o espaço para aulas de dança cigana, do ventre e flamenco. O Museu Cigano fica na Rua Igaraçu, 147. A entrada custa R$ 5, e o visitante ganha uma caneta. Para pedir informações ou marcar visitas, o interessado pode acessar o site www.museucigano.com.br ou ligar para 4426-6857.

Povo teria saído do Egito e da Índia há cerca de 5.000 anos
Não existem registros históricos oficiais sobre o surgimento do povo cigano. Acredita-se que os primeiros deles saíram do Egito e da Índia para se espalhar pelo mundo há cerca de 5.000 anos.

"O cigano sempre foi um povo perseguido. Mas é o único que se espalhou pelo mundo todo sem entrar em guerra com ninguém. A palavra-chave dele é a liberdade", conta Benedita Rodrigues Dedechi, a Beni Mística, diretora do Museu Cigano de Santo André.

O primeiro cigano a chegar ao País teria sido João Torres, que saiu de Portugal em 1574. Na época, o povo era requisitado por ter facilidade com trabalhos artesanais e manuais. Atualmente, existem cerca de 800 mil ciganos no Brasil, segundo a Pastoral dos Nômades.

Outra tradição cigana é o uso de dentes de ouro por praticamente todos os adultos. O costume surgiu como forma de guardar as riquezas e evitar que elas se perdessem quando as tribos mudassem de lugar.

Os calon que vivem no acampamento do Jardim Silvina, em São Bernardo, dizem que só conhecem um dentista, morador de Suzano (na Grande São Paulo), que faz o serviço.

domingo, 11 de abril de 2010

SOS - VOCE PODE AJUDAR - 2010

Olá Pessoal,

Todos nós fomos afetados por este temporal de forma direta com a perda de bens materiais, amigos e parentes ou de forma indireta com os problemas em nossas vias e estradas, porém, nós do Bar do Meio, achamos que devemos nos concentrar agora em ajudar a amenizar o sofrimento das famílias mais atingidas que perderam tudo.

Para quem não tem mais nada, até aquele sapato bem usado que você não utiliza mais é um luxo.

Estamos aceitando todo tipo de doação! Roupas, alimentos, produtos de higiene...

O Bar do Meio estará aberto de segunda à sexta no horário comercial das 09:00 às 18:00h.

Também estaremos recolhendo as doações nos shows deste final de semana(Gustavo Brasília na Sexta e Coverdose no Sábado) e daremos um desconto de 20% na entrada inteira para quem colaborar com a campanha.

Se você tiver alguma dificuldade para fazer as doações, entre em contato pelo nosso email que encontraremos uma forma de retirá-las.

Vamos ser solidários!!!

Vamos ajudar nossa cidade!!!

Se cada um ajudar com algumas roupas que não usa mais e alguns quilos de alimentos, conseguiremos amenizar o sofrimento dessas famílias que não tem a quem recorrer!

Por favor, repassem este email aos seus amigos!

Bandas, repassem para suas listas!

Vamos ajudar e divulgar!

Lista de itens, por ordem de importância, feita pela Prefeitura de Niterói:

Água potável;

Alimentos prontos (bolachas, biscoitos, barras de cereais, latas de sardinha e carne enlatada, salsicha e outros mantimentos de fácil manuseio e não perecíveis);

Material de higiene pessoal (escovas e pasta de dente, sabonetes, absorventes e fraldas descartáveis);

Roupas e calçados.

Passaremos informações no Twitter http://www.twitter.com/%20lfellipesc

Contamos com sua ajuda e solidariedade!


Luiz Fellipe Cardoso

Carlos Werneck

Diretoria de Produção e Marketing

Bar do Meio - A gente se encontra aqui!
http://www.bardomeio.com.br/

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ciganos: Marginalizados e pouco ativos numa ...

Fonte - Última Hora Lusa

Ciganos: Marginalizados e pouco ativos numa sociedade que não lhes dá voz - Amnistia Internacional Portugal

Lisboa, 07 abr (Lusa) - Os ciganos em Portugal continuam a ser marginalizados nos serviços públicos e sem uma habitação condigna ou acesso a um emprego: participam pouco na identificação e resolução dos seus problemas perante uma sociedade que não lhes dá voz e os discrimina.

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico


5:05 Quarta-feira, 7 de Abr de 2010
 
Lisboa, 07 abr (Lusa) - Os ciganos em Portugal continuam a ser marginalizados nos serviços públicos e sem uma habitação condigna ou acesso a um emprego: participam pouco na identificação e resolução dos seus problemas perante uma sociedade que não lhes dá voz e os discrimina.
 
O alerta é deixado à agência Lusa pela secção portuguesa da Amnistia Internacional no dia em que a organização não governamental de defesa dos direitos humanos apela à União Europeia e aos seus Estados-membros para que "tomem iniciativas concretas para acabar com o ciclo de discriminação, exclusão e pobreza da etnia cigana".
 
O apelo surge na véspera da II Cimeira Europeia para a Inclusão do Povo Cigano, que se realiza na cidade espanhola de Córdova, e na sequência de um relatório da organização que denuncia os "desalojamentos forçados" e a "dificuldade de acesso à habitação" de ciganos na Bulgária, na Grécia, na Itália, na Roménia e na Sérvia.
 
Organizações internacionais
 

CIGANOS EUROPEUS SÃO MAIS DE 10 MILHÕES

Fonte- Rádio Vaticano - Notícia
08/04/2010 12.19.43

CIGANOS EUROPEUS SÃO MAIS DE 10 MILHÕES

Córdoba, 08 abr (RV) - No Dia internacional dos povos ciganos, a organização não- governamental de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional alerta à União Européia e seus Estados-membros: “É preciso assumir iniciativas concretas para romper o ciclo de discriminação, pobreza e exclusão que circunda as comunidades de itinerantes na Europa”.

Córdoba, na Espanha, hospeda hoje a II Cimeira Europeia para a Inclusão do Povo Cigano, com a participação de expoentes dos governos e presidentes de associações ciganas da Europa.

“Não obstante a maciça discriminação de milhões de nômades em todo o continente, a UE não está cobrando ações de seus membros quando faltam às próprias responsabilidades” – denuncia Claudio Cordone, secretário geral interino de Anistia.

A organização pede posições concretas dos líderes europeus contra os ataques racistas e manifestações de ódio; e que assumam iniciativas eficazes para acabar com as discriminações no acesso a moradias, empregos, ensino e assistência de saúde.

Para Mons. Giancarlo Perego, diretor geral da organização Migrantes da Conferência Episcopal Italiana, “o Dia de hoje serve para focar a atenção sobre este povo europeu de mais de 10 milhões de pessoas”

Mons. Perego frisa também que “para a Igreja, o povo nômade guarda também uma riqueza de valores e experiências que evocam a centralidade da vida, em seu nascer e envelhecer: tema da mensagem pascal de Bento XVI”.

“Por isso, é importante fazer crescer nas paróquias uma sensibilidade que abra as pessoas e famílias ao respeito, à tutela dos direitos, e à construção de novas relações com o povo cigano, que as ajudem a enfrentar juntos os problemas” – completa o expoente. (CM)


Ciganos lamentam discriminação

Agência Ecclesia - Notícia

Ciganos lamentam discriminação

O povo cigano “foi e continua a ser discriminado há mais de 500 anos”, disse Dinis Abreu, Presidente da CIGLEI (Associação Cigana de Leiria), no Fórum Ibérico sobre a Etnia Cigana.

A decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, até dia 9, este Fórum pretende analisar a problemática caracterizada relativamente à conjuntura da etnia cigana em Portugal e Espanha.

Dinis Abreu sublinhou que os ciganos são uma comunidade com uma “cultura própria e tradições diferentes, com regras de conduta que respeitamos, mas também uma comunidade com vontade de modernização e com anseios de desenvolvimento e de progresso”.

“Cansados de tanta discriminação”, os ciganos tiveram de criar o seu próprio modo de vida. Primeiro, “nas feiras, a venda do gado e, mais tarde, em feiras e mercados, o comércio do têxtil e calçado”.

Actualmente, apesar da “forte vontade do cumprimento da lei”, o presidente da referida associação lamenta que essas mesmas leis “estão desajustadas da vida real e, por isso, não contribuindo para um harmonioso desenvolvimento da etnia cigana”.

“São leis feitas por burocratas de gabinete que nem sonham o que é ser comerciante em feiras e mercados, não tendo consultado quem sente as agruras do dia-a-dia de um cigano”, acrescenta.


Na apresentação do «III Relatório sobre Portugal pela Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI): aspectos relativos aos ciganos», Fernando Ferreira Ramos disse aos participantes que “há um agravamento das situações das comunidades ciganas em Portugal”

Apesar dos “esforços desenvolvidos” pelas instâncias internacionais, este membro do ECRI afirmou à Agência ECCLESIA que existe “uma necessidade de prever e de adoptar uma estratégia nacional de luta contra o anti-ciganismo”.

O relatório – datado de 2006 – chega à conclusão que “há uma exclusão social das comunidades ciganas a viver em Portugal”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, afirmou que “é necessário mudar a mentalidade sobre a etnia cigana” e “criar um certo acolhimento a estas minorias”. Esta alteração “demora muitas gerações”.

Apesar de reconhecer que até ao momento nenhum país conseguiu “a inclusão desta etnia”, D. António Vitalino refere que há países “mais adiantados que o nosso” nesta área.

A criação de condições “é uma ferramenta necessária” para a inclusão. Uma criança que vive numa “tenda ou na barraca” não faz o seu círculo de amigos e “não cria a sua situação de estabilidade para aprender as normas e as regras” – frisou o Presidente da Comissão Episcopal.

Por sua vez, Dinis Abreu pede ao Governo que “não nos ostracize ainda mais”.

Depois de apresentar os problemas da etnia cigana, António Pinto Nunes, Presidente da Federação Calhim Portuguesa, alerta “os governantes para as manobras de aproximação que os ciganos estão a fazer no sentido da inclusão do nosso povo”. E avança: “nós queremos que nos conheçam melhor”.

Hoje, dia 8 de Abril, celebra-se o Dia Internacional dos Ciganos que foi oficializado em 1971, no Congresso Mundial de Ciganos em Londres, tendo sido aceite pela maioria das associações de comunidades ciganas, com vista à promoção da sua cultura.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

8 DE ABRIL DIA INTERNACIONAL DO ROMA - DIGA NÃO AO PRECONCEITO

Dia Internacional dos Ciganos – 8 de Abril

O Dia Internacional dos Ciganos celebra a identidade da comunidade cigana (cultura, língua e tradições) e tem como objectivo sensibilizar a opinião pública para os problemas que enfrentam os ciganos através da organização de actividades e eventos em todo o mundo. Cerca de 10 milhões de ciganos vivem na UE, sofrendo frequentemente de violência racista, incitamento ao ódio e discriminação no acesso ao emprego, educação, cuidados de saúde e serviços públicos e sociais. Esta discriminação está generalizada na UE, tendo um inquérito (inquérito Eurobarómetro 296) em 2008 revelado que cerca de um quarto de todos os europeus se sentiria desconfortável com o facto de ter um vizinho de etnia cigana.

Estão disponíveis mais informações sobre a situação da comunidade cigana na Europa no Web site do Gabinete Europeu de Informação sobre os Ciganos (ERIO). Poderá também ler a nossa entrevista com o Director Executivo do ERIO, Ivan Ivanov, na última edição do boletim informativo «Acabar com a Discriminação».



Menina cigana comove a Itália

Fonte: Correio da Manhã

Rebecca Covaciu é uma menina romena de etnia cigana. (Sobre)vive em Itália, onde os ciganos têm nos últimos anos sofrido perseguições desumanas. Aos 12 anos, tem já uma história de vida marcada pela marginalização e pelo sofrimento. Comoveu os italianos e, agora, em jeito de apelo, deixa um testemunho tocante à Europa.

O drama da pequena Rebecca começou quando a família deixou Arad (Roménia), ironicamente para fugir à pobreza e à discriminação. Em Itália, no entanto, os Covaciu têm sido alvo do ódio racial. Em Milão quase foram linchados por um grupo racista e a polícia destruiu por várias vezes os abrigos provisórios construídos pelo pai de Rebecca, Stelian, deixando a família a viver na rua. E só a ajuda de uma organização humanitária impediu Stelian, a mulher e os quatro filhos do casal de morrer à fome.

Seguiram-se depois Ávila (Espanha), Nápoles e, agora, Potenza, na região de Basilicata, Sul de Itália. Vários pousos, mas o mesmo denominador comum – uma vida de perseguições e de miséria. Já foi agredida pela polícia, viu o pai ser espancado para a defender, viu morrer outras crianças por falta de medicamentos e um acampamento de ciganos ser incendiado. Também já mendigou com os pais em Espanha e em Itália.

Agora, num vídeo intitulado ‘Querida Europa’, que será exibido no Parlamento Europeu, Rebecca, cujo sonho é ir à escola e que os seus pais tenham trabalho, deixa o apelo na primeira pessoa. "Quando eu crescer, quero ajudar os pobres e pintar o mundo dos ciganos. Ajudem--nos", afirma Rebecca, que já ganhou um prémio de desenho da UNICEF.

A sua história está a emocionar os italianos numa altura em que o governo avança com um polémico censo da população cigana – iniciativa que se pretende alargar ao nível europeu, propondo a criação de um banco de DNA e impressões digitais de crianças ciganas.

Paulo Madeira com agências


Criança Cigana é arrancada da mãe em Jundiaí - SP

ONGs ciganas saem em defesa de mãe que teve filha retirada à força
18/03/2010 - 17:23:56 - G1
 
A mãe, de origem cigana, afirma que ganha dinheiro apenas com a leitura de mãos
 
Quinze integrantes de Organizações Não Governamentais (ONGs) de defesa de direitos da comunidade cigana se posicionaram em frente ao Fórum de Jundiaí na tarde desta quinta-feira (18) para acompanhar a audiência de conciliação que trata da menina de um ano e dois meses arrancada dos braços da mãe por uma integrante da Guarda Civil Municipal na segunda-feira (15). A Polícia Militar mantém uma base comunitária e um carro no local.
 
A audiência teve início às 16h. A cigana reencontrou a filha na manhã desta quinta.
 
De acordo com a acusação que deu origem ao procedimento investigatório e à ordem judicial para apreensão da criança, a mãe usava o bebê para sensibilizar a população da cidade a entregar esmolas em uma rua do centro de Jundiaí. A mãe, de origem cigana, afirma que ganha dinheiro apenas com a leitura de mãos e nega que tenha explorado a criança. O bebê foi levado para uma creche.
 
Márcia Yáskara Guelpa, da Associação de Preservação da Cultura Cigana (Apreci), disse ao G1 que a comunidade cigana entendeu que a apreensão da criança não levou em consideração a cultura da comunidade. "Ela não estava mendingando. Toda mãe cigana anda com o filho colado ao corpo. Me sinto totalmente insultada e perplexa. Vamos até o fim. Queremos saber o porquê disso", afirmou.
 
Azimar Olon, do Centro de Estudos e Resgate da Cultura Cigana, disse que as lideranças estão dispostas a dormir na praça em frente ao fórum até que a criança seja liberada. "Já estamos acostumados. Para nós não será nenhum esforço", afirmou.
 
O advogado Frederico de Pieri, contratado para defender a família no processo investigatório instaurado pela Justiça, afirmou que vai requerer ao juiz da Vara da Infância e Juventude de Jundiaí a liberação da criança, sob o argumento de que ela é bem tratada pela mãe e que tem residência fixa em Campinas, também no interior de São Paulo.
 
Em nota, a Prefeitura de Jundiaí disse que a Guarda Municipal "lamenta profundamente o ocorrido". "Não cabe à Guarda Municipal discutir e sim obedecer as razões que determinaram a decisão do Juiz da Vara da Infância e Juventude, dr. Jefferson Barbin Torelli. A ação foi realizada no estrito cumprimento de mandado judiciário, que não pode ser desobedecido."