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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cartas Ciganas

Cartas Ciganas

Os Ciganos chegaram ao Brasil na expedição de Martim Afonso de Souza, mas vieram somente homens. Registros apontam que em 1574, famílias Ciganas trabalhavam na corte e fabricavam jóias e panelas. Durante a história do Brasil foram colocados à margem da sociedade, e talvez por isso tenham se aproximado dos descendentes africanos. O fato é que a proximidade destas duas culturas transformou o Baralho Cigano em um oráculo popular e muito utilizado por representantes de religiões africanas.

Hoje o Baralho Cigano é um precioso oráculo e sua presença é cada vez mais forte e definitiva em várias outras religiões. Seu estudo desvenda os mistérios de um povo extremamente sábio e com grande domínio sobre o esoterismo.


Bom Final de Semana

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ritual de Nascimento - Cigano


Ritual de Nascimento

O cigano preserva muito a sua sorte.

Existem várias crenças para mantê-la, da vida uterina até a morte.

Diariamente a gestante cigana faz um ritual simples para que a criança ao nascer tenha sorte: ao avistar os primeiros raios de sol, passa a mão em sua barriga; da mesma forma, logo que vê os primeiros raios de luar, ela repete o gesto, desejando sorte e felicidade para o bebê.

Esta é a forma dela saudar as forças da natureza e pedir-lhe as bênçãos de suas luzes para a vida que já existe em seu ventre.

No sétimo dia após o nascimento da criança a mãe dá um banho no bebê, jogando moedas e jóias de ouro e pétalas de rosas em sua água, para que o filho ou filha conheça sempre a fartura , a prosperidade e a riqueza.


SARA KALI


SARA KALI

No dia 24 de Maio comemoramos o dia de Santa Sara Kali.

Considerada padroeira do povo cigano, a história da santa remonta ao início do cristianismo. Os primeiros cristãos eram perseguidos pelos romanos e Sara, uma escrava egípcia de propriedade de José de Arimatéia foi capturada juntamente com as três Marias (Maria Madalena, Maria Salomé e Maria Jacobé).

As quatro mulheres foram colocadas em um barco que foi lançado ao oceano, sem remos e sem provisão. Por um milagre, após mais de 30 dias vagando sem rumo pelo mar, o barco aportou em Laguendoc, no Sul da França, na Ilha de Camargue, um local que seria conhecido mais tarde como Saintes Maries-de-La Mer ( traduzindo Santas Marias que vieram do Mar ).

Um grupo de ciganos que vivia por ali, socorreu as quatro mulheres e elas, em troca, levaram ao grupo os ensinamentos de Jesus, trazendo para eles a doutrina cristã.

Após a partida das chamadas "Três Marias", conta a história que Sara continuou convivendo com os ciganos e passou a ser chamada de Sara Kali, a palavra Kali significa "negra" na língua romanê.

Ritual do Manto feito à Santa Sara

Quando ela morreu, foi feito para ela, um manto de ouro que foi colocado sobre o seu corpo, quando ela foi devolvida ao mar.

Então, quando desejares algo, peça a Santa Sara,em uma noite de lua cheia, você conversa com Santa Sara:

"Santa Sara Kali, eu me prontifico a fazer um manto para Vós se Vós me ajudares neste pedido"

E peça o que você quiser....

Quando o pedido se realizar, você faz um manto para ela.(nas cores azul, rosa ou amarelo ouro)

Vá a um local onde tenha a imagem dela e coloque o manto que você ofereceu a ela.

Amor Cigano







Amor Cigano

Cigana,

A tua dança emocionante fez,

Vibrar meu coração de emoção e alucinação,

Destino,

Minha alma, ao som de um violino,

Se fez escrava deste amor, embriagador,

Cigana,

Eu seguirei a caravana,

Cigana,

Armaste a tenda, no meu coração,

Cigana,

Teu misterioso olhar engana,

E o ciúme que nasceu em mim,

Me fez cantar, canções assim !

Amor, cigana, é um sonho,

Eterno enganador,

Tuas cartas, armadilhas,

Encerram um falso amor,

Eu sou um prisioneiro,

Dos teus lábios sensuais,

Palavras de cigana,

Mentiras, nada mais !

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A Cigana vai ler sua sorte



 A Cigana vai ler sua sorte

Abre a mão e vem pra Vila, que a

cigana vai ler tua sorte

Vem, vem embarcar no carroção desta magia

Contar a nobre história dos ciganos

Um povo errante, sem pátria e sem fronteiras

Levando a vida a padecer por seus enganos

Mercadores de ilusões abrandam medos

Seduzem fácil com seu jeito de dançar

Reis da alegria pisam o solo que abençoam

Em busca de harmoniosos violinos

Brasas na fogueira a brilhar.

Juntei meu patuá, meu amuleto de cigano


Meu sonho hoje é ler a tua mão

Ouvindo o mar azul, vermelho e branco... uma só voz

Da arquibancada salve a União

Sublime aroma afastando o mau olhado


Exemplo forte de viver e ser feliz

Belas ciganas, riso franco, mesa farta

Tarô da sorte, para o futuro desvendar

Cartomantes, quiromantes e cabalas

Castiçais, ervas cheirosas, meu destino energizar

Místico amuleto nos comboios

A ferradura, sorte vem prenunciar

Vai, povoando o imaginário cortesão

Vendendo adornos, animais, tapeçarias

Bate o martelo, pra fechar mais um leilão.

Sou da Vila amor


A cigana hoje vai ler a tua sorte

Com sua alegria e sedução

Vem fazer a Vila bem mais forte.

(Esc. A.R.C. União da Vila do IAPI. Compositor: Jesse Parodia, Edson
Custódio, Nego Izolino. Intérprete: Mauriléia dos Santos Maciel)


NARGUILE



Narguilé

Uma das tradições mais antigas dos ciganos na Turquia é o narguilé (hookah ou shisha, como é conhecido no Egito), que homens e mulheres têm imenso prazer em fumar.

O narguilé iniciou toda uma nova cultura que durou por muitos e muitos anos. Até hoje o narguilé oferece divertimento a uma diferente casta de fumantes.

O utensílio original veio da Índia, primitivo e feito com a casca do coco.

Sua popularidade se estendeu até o Irã e, de lá, para o resto do mundo Árabe.


O narguilé consiste de 4 peças: AGIZLIK (bocal), LÜLE (topo do narguilé), MARPUÇ, (o cano), e GÖVDE (corpo do cachimbo, que é preenchido com água).

Todas as peças eram produzidas por artesãos. O jarro de vidro onde se coloca a água, geralmente era decorado com motivos florais, sendo alguns feitos em prata e outros em cristal; Os bocais de âmbar, não continham germes.

Nem todos os tabacos eram qualificados para o uso no narguilé e apenas o escuro, importado do Irã, encontrava preferência entre os usuários do narguilé. Este tabaco era lavado muitas vezes antes do uso e era extremamente forte.

Só se usava carvão feito de carvalho sobre esse tabaco.

Alguns fumantes profissionais usavam certas frutas como cerejas ou uvas no seu "goude", apenas para apreciar o movimento que elas criavam na água.

Outras pessoas apreciavam adicionar suco, romãs, ou óleo de rosas para dar sabor a sua água.


UMA LENDA ESPECIAL



O LENÇO

O lenço é um simbolismo forte entre os ciganos. Significa a aliança da mulher casada em sinal de respeito e fidelidade, eu quando criança lembro que muitas eram as mulheres que usavam os lenços e na maioria das vezes eram mulheres casadas, talvez o costume das mulheres não ciganas de usarem o lenço veio do Povo Cigano, hoje pouco são as mulheres que fazem uso do lenço.

Na Cripta localizada em Saintes-Maries-de-La-Mer, são deixados milhares de lenços em sinal de graças de mulheres que engravidaram e tiveram seus filhos sadios. Os filhos para as mulheres ciganas são de suma importância, quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mas dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo.

A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos, e a maior ofensa é chama-la de “Dy Chuço” (ventre seco).


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Provérbio Cigano


A vida é uma grande estrada...


Eles se movem como o Sol e a Lua


Eles se movem como o Sol e a Lua

Eles se movem como o Sol e a Lua. São nômades. Ou antes, são como ondas. Estão em toda a parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso alegre de suas mulheres. Não, não são o vento. São os filhos do vento.

( Poema Persa – 200 a.c.)


Um dia fomos pássaros...


Um dia fomos pássaros

Conta uma velha lenda que antigamente os Ciganos eram pássaros.

Um dia, em pleno voo sobre a terra, viram um palácio dourado brilhando ao sol e desceram para ver melhor.

O palácio era habitado por perus, galinhas e patos que, maravilhados pela beleza dos ciganos-pássaros, começaram a oferecer-lhes todo o tipo de jóias e guloseimas suplicando-lhes que não se fossem embora.

Em breve todos os pássaros estavam cobertos de correntes de ouro, dos pés à cabeça. Apenas um pássaro resistiu à tentação destas riquezas, incitando os outros a retomar o voo. Mas, ninguém lhe prestou atenção. Então, com o coração pesaroso elevou-se no ar e atirou-se para as pedras desde o alto dos céus. Só nesse momento é que os ciganos-pássaros acordaram do seu entorpecimento e começaram a bater as asas. Mas o ouro puxava-os para baixo e não conseguiam sair do chão. Os perus, as galinhas e os patos cantaram vitória. Manteriam para sempre aqueles belos pássaros encerrados em gaiolas de ouro. De repente, uma pequena pena vermelha deslizou para dentro do palácio, indo aterrar aos pés dos pássaros. O ouro caiu dos seus corpos, mas as suas asas já não lhes obedeciam e não conseguiram levantar voo.

A pequena pena vermelha, suavemente levantada pelo vento, saiu do palácio e foi errar pelos caminhos poeirentos. Os ciganos seguiram-na e foram perdendo as suas penas uma por uma, transformando-se assim em humanos. Com corpo de homem e alma de pássaro, esqueceram-se para sempre de como voar.

Conto tradicional cigano


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

A Vida Cigana É Mágica


A Vida Cigana É Mágica

Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick
- Povo Cigano 
Por Solange e Marcelo Ruiz

A integração dos ciganos com a natureza é permanente, obrigatória sob um ponto de vista imprescindível sob outro. Dizemos que é obrigatória, pois com sua vida andarilha, suas caravanas muitas vezes viajando sem rumo absolutamente determinado, sua ânsia constante de viver de modo livre e aventureiro, onde mais montar suas barracas, arranjar seus acampamentos, arrumar suas bagagens pelo menos durante um certo período de tempo, senão a céu aberto, “dentro” da natureza, tudo muito próximo a rios, cachoeiras ou outros remansos de água – doce , de que eles necessitam para cozinhar, lavar as roupas, se banharem? Por esses fatos e pelos conseqüentes de uma maneira de viver nômade, é bastante fácil compreender a obrigatoriedade do convívio entre os ciganos e a natureza.
 
A natureza é a generosa doadora da própria sobrevivência cigana. Nela om, povo cigano busca os mais variados tipos de alimentos e água, líquido precioso de sustentação da vida. É verdade, que quando passam pelas cidades, compram gêneros alimentícios, tecidos, ferramentas e outros bens necessários, mas a natureza que referenciam o principal apoio de vida. Todavia, o povo cigano não entende a natureza somente como a doadora dos elementos fundamentais como alimentos e água, mas como fonte inesgotável de energia. Aí começa o lado mágico da natureza cigana por assim dizer, o fundamento etéreo da vida, o lado abstrato muitas vezes não compreendido racionalmente pelos próprios ciganos.
 
Eles entendem em vários aspectos, que a natureza é que fornece a vitalidade, o frescor da vida renovada a cada dia do ponto de vista da troca energética. Do céu, dos astros do firmamento, do Sol, da Lua em suas diferentes fases, desce a energia positiva de Deus, a força divina mantém o homem em pé, apto ao trabalho, às caminhadas, a geração de filhos e a todos os tipos de alegrias, sensações, emoções e sentimentos. A terra, o solo onde pisam propositalmente sem sapatos é a Mãe-Terra, que recebe sem recusas e sempre aberta a todas as energias negativas, os temores, as angústias de um povo tantas vezes perseguido, as tristezas e os desconsolos que maltratam a alma e o coração. A terra abençoada, que recebe sem reclamos os despojos daqueles que dormem nos braços da morte, transformando-os em formas de vida.
 
Os ciganos não são politeístas. Adoram e veneram um só Deus, mas tal como vários povos que viveram e vivem em estreito contato com a natureza, vêem as naturais manifestações desta como divindades. Assimilam dos astros do céu, abençoam e pedem bênçãos à chuva, as águas dos rios, das cascatas, riachos, cachoeiras, às árvores das matas, respeitando os trovões, a força devastadora dos raios e o fogo, que aquece, protege e purifica.
 
Os ciganos admiram os pássaros, as flores, os animais, toda a forma de vida que brota da natureza, pois entendem que a todos são maneiras de Deus se revelar aos homens, sendo tratados portanto com carinho e respeito. Eles compreendem que o ar é energia vital, o elemento vivificante da vida e oram para que as ventanias, tufões e vendavais não destruam seus acampamentos e seus lares-tendas.
 
Existe idéia enganosa de que os ciganos temem as águas do mar, o que é uma perfeita bobagem. Eles singraram os mares nos tempos das colonizações, inclusive a brasileira, em caravelas e muitos deles viviam nestas embarcações como prisioneiros condenados colocando a força de seus braços nos remos, que moviam estes barcos (para um cigano a prisão é a pior coisa em sua vida que possa existir, preferem morrer do que ficar sem a liberdade que é o que mais prezam).
 
A verdade é que as águas salgadas não tinham serventia para beber, cozinhar, lavar as roupas etc., então eles procuravam ficar sempre próximos a locais de água – doce . Segundo seu conceito mágico da natureza os ciganos reverenciam as águas do mar e as deidades que nelas habitam, pois muitos trabalhos de magia são feitos nas areias do mar, para os ciganos as águas salgadas têm a função de fazer a limpeza energética de todos os seres do planeta que nele habitam.
 
Os ciganos respeitam e reverenciam os quatro elementos, terra, água, ar e fogo, cultuando os elementais ligados a estes elementos. Eles podem não chamar os elementais pelos nomes tão em voga atualmente (gnomos, duendes, fadas, sílfides, salamandras, ondinas, nereidas, sereias), mas admitem sua existência e importância. Sendo místicos do jeito que são, não deixariam de reconhecer nos elementos e nos elementais, uma força extraordinária, real e auxiliadora, tanto que nos seus trabalhos mágicos não deixam de pedir permissão a eles, para a manipulação das energias da natureza.
 
O povo cigano também acredita em presságios e avisos provenientes da natureza e de seus elementos. Na verdade, eles são muito inteligentes a ponto de identificarem as mensagens oriundas das forças naturais e tomarem seus cuidados e prevenções, Eles são meteorologistas natos não necessitando de instrumentos ou outras sofisticações para saber quando vai chegar uma tempestade, uma nevasca, ou um sol de rachar. Sabem reconhecer quando há água por perto, ou a viagem prosseguirá em terreno árido e seco. Pressentem os perigos das selvas, das matas pelos movimentos dos animais, pela revoada dos pássaros e outros sons peculiares da natureza.
 
É sábio o povo que sabe ouvir a natureza, convivendo com ela pacífica e respeitosamente, e nisto o povo cigano é mestre. O convívio harmonioso, que de certa forma podemos dizer que um cigano é mais uma das manifestações da Mãe Natureza ou Natureza travestida na forma humana, sinônimos, mãe e filho, ou ainda, uma expressão mais abrangente, uma autêntica família. Por isso a Vida Cigana é mágica
 

Santa Sara e Suas Lendas



Santa Sara e Suas Lendas

V amos voltar há dois mil anos... ou mais, muito mais... Se quiserem podemos retroagir 5000 anos e chegaremos aos ciganos que ajudaram a construir as pirâmides do Egito. Porém, fiquemos nos tempos do Cristo.

Estava Jesus em pleno ministério sempre acompanhado por Maria Madalena, aquela que seria a discípula bem-amada. É daquela época que extraímos a mais bela lenda do povo cigano. Mas, antes falaremos de religiosidade dos ciganos, de maneira geral, que é incontestável. Os ciganos crêem em Deus (Devel) e na entidade do mal (Beng). Fazem grandes peregrinações em 24/25 de maio a Saintes-maries-de-la-mer (França), em honra a santa Sara. No Brasil, além de Santa Sara, são devotos de N. Sra. Aparecida, são Jorge e outros santos, isto, se forem católicos. Ressaltamos que os ciganos adotam a religião do país que os acolhe. No Brasil temos ciganos católicos, evangélicos, testemunhas de Jeová, protestantes, espíritas, adventistas, umbandistas e outras religiões/seitas. No mundo, encontramos ciganos na religião católica ortodoxa, muçulmanos, budistas, hindus etc.E são sinceros na crença que adotam.

São muitas as lendas que dizem ter Maria Madalena viajado à França (ou Gália na época) depois da crucificação de Jesus, acompanhada por um variado grupo de pessoas que inclui uma jovem serva negra chamada Sara, Maria Salomé e Maria Jacobina — supostamente tias de Jesus — além de José de Arimatéia, o rico proprietário do sepulcro onde Jesus foi colocado, antes da ressurreição, e São Maximino, um dos setenta e dois discípulos mais próximos de Jesus e primeiro bispo de Provença. Embora os detalhes da narrativa variem de versão para versão, parece que Madalena e seu séqüito foram obrigados a fugir da Palestina em condições mais que precárias [...] Reza a lenda que eles desembarcaram (sem dúvida, muito agradecidos, depois de vagarem por águas salgadas durante semanas) no que hoje é a cidade de Saintes-maries-de-la-mer, nas terras úmidas da Camargue, onde o Ródano deságua no Mediterrâneo. As três Marias — Maria Madalena, Maria Jacobina e Maria Salomé — são objeto de grande veneração na igreja que se ergue dos charcos circundantes como uma imponente vela de navio, ao passo que na cripta há um altar dedicado a Sara, a egípcia, a pequena serva negra de Maria Madalena, hoje a venerada santa padroeira dos ciganos, que afluem à cidade no feriado de 24/25 de maio, quando milhares de fiéis devotados conduzem a estátua de Sara até o mar, para sua imersão cerimonial. O fato de a tradição medieval considerar os ciganos originários do Egito — egypsies — confere sentido à sua veneração pela menina egípcia Sara...

As lendas têm muitas versões, por isso são lendas, ficamos com uma adaptação que seria a seguinte: Maria Madalena era o cálice sagrado (Santo Graal), porque trazia em seu ventre o sangue real, a semente de Jesus. Ela teria passado alguns anos em Alexandria, no Egito e Sara seria sua filha e de Jesus (portanto, Sara não era serva das Marias), constituindo-se na linhagem sagrada. Maria Madalena, por motivo desconhecido (perseguição talvez) fugiu para a Gália com Sara e José de Arimatéia. Lá foram acolhidos pelos ciganos. Sara é venerada pelos ciganos, até porque Madalena, sua mãe, também é conhecida por Madalena Egipcíaca. Isto faz sentido; os ciganos seriam os verdadeiros guardiões da linhagem sagrada através de veneração à santa Sara: a santa das santas. Curioso é o fato de que a igreja não relaciona santa Sara em sua hagiografia. Por quê? Que nos respondam os que sabem!

Encontramos em um livro, às vezes muito elogiado, outras vezes criticado sem piedade, texto que nos conta algo que até agora desconhecíamos sobre o Mestre Jesus. Está no livro O código da Vinci, de Dan Brown, editora Sextante, 2004. extraímos este diálogo entre os três personagens principais do livro: Langdon, Teabing e Shofie:

O importante aqui — disse Langdon, voltando à estante — é que todos estes livros apóiam a mesma premissa histórica.

— Que Jesus foi pai — Sophie ainda estava insegura.

É — disse Teabing. — E que Maria Madalena foi o ventre que transmitiu sua linhagem sagrada. O Priorado de Sião, até hoje, ainda venera Maria Madalena como a Deusa, o Santo Graal, a Rosa e a Divina Mãe.

Sophie voltou a visualizar rapidamente o ritual do porão.

De acordo com o Priorado — continuou Teabing — , Maria Madalena estava grávida quando Jesus foi crucificado. Para segurança do filho ainda não nascido de Cristo, ela não teve escolha senão fugir da Terra Santa. Com ajuda do tio em que Jesus tinha grande confiança, José de Arimatéia, Maria Madalena secretamente viajou para a França, que na época era conhecida como Gália. Ali encontrou refúgio seguro na comunidade judaica. Foi na França que deu à luz uma filha. O nome dela era Sara....

Notamos pois muitas semelhanças entre as lendas, ora Sara nasceu no Egito, ora na França, ora foi acompanhante das Marias. Então não vamos discutir mais: Sara existiu e foi o fruto da união de Jesus e Madalena.

Os ciganos, não só são muito religiosos, como também são a fonte de inspiração para os poetas, e eles têm Deus no coração e só eles podem expressar tanta religiosidade.

E JESUS FOI MAIOR DOS CIGANOS.

Temos por certo que Jesus foi o maior dos ciganos. Afinal era um pobre galileu sem eira nem beira, andava descalço, como os ciganos, não tinha casa, como os ciganos, não tinha terra, como os ciganos, nem se agarrava aos valores materiais, como os zíngaros não se agarram. O quê fez Jesus dos treze aos trinta anos? Viajou à Índia para aprender com os budistas. E quê fez dos trinta e um aos trinta e três? Perambulou pela Palestina, pregando a boa-nova, fazendo milagres e dormindo ao relento. Foi Ele quem disse: “As raposas têm covas e as aves ninhos, porém, o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Mt 8,20). Foi o papa Paulo VI que relembrou esta passagem bíblica citando-a perante 2.500 ciganos e complementando: “Vede como Jesus era semelhante a vós. Como está próximo de vós!” E ainda na Bíblia lemos: “Eu tive fome e me deste o que comer, eu tive sede e me deste de beber”. Eu gostaria de saber quais os cristãos que deram de ‘comer’ e ‘beber’ a um cigano!? Que Jesus era nômade não padece dúvida, pois está em várias passagens da Bíblia. Vejam esta: “Jesus percorria toda Galiléia, ensinando nas sinagogas o Evangelho do Reino, curando todas as doenças e enfermidades entre o povo... Grande multidão o acompanhava da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e dos países do outro lado do rio Jordão” (Mt 4-25). [....] “E andava por todas as cidades e aldeias” (Mt 9-35). Ele usava apenas uma túnica e que foi sorteada entre os soldados no Gólgota. Tão pobre como a maioria dos ciganos no mundo.

Jesus, Maria Madalena e Sara foram o maior legado dos ciganos à humanidade.

Há uma versão creditada a Jean-Paul Clébert, em seu livro The gypsies, p. 141, que aborda a existência de outra Sara: Sara the Kâli. E diz assim: A Sara dos ciganos por outro lado, vivia às margens do Ródano com sua tribo e saudou as três Marias quando elas desembarcaram. Nosso povo recebeu a primeira Revelação de Sara a Kâli. Ela era de nobre nascimento e chefe da tribo às margens do Ródano. Ela sabia dos segredos que a ela tinham sido transmitidos. Perto do Ródano as tribos trabalhavam metais e comerciavam. O Cigano naquele tempo praticava religião politeísta e uma vez ao ano eles levavam em seus ombros a estátua de Astarté [divindade sideral feminina] em procissão ao mar onde recebiam suas benções. Um dia, Sara vira a chegada do bote com as Marias. O mar estava revolto e o bote ameaça afundar. Sara jogou seu vestido nas ondas, e usando-o como uma jangada, foi às santas e ajudou-as a ir à terra. As santas batizaram Sara e elevaram suas preces pedindo pelos gadjês e pelos rom.

A veneração dos ciganos por Sara é extremamente interessante, especialmente porque é uma das poucas atividades deles, nas quais o não-cigano pode facilmente estar presente. Depois de 1912, somente os ciganos tinham o direito de penetrar na cripta. Eles passavam a noite lá, e faziam vigília, para não falhar com o mistério, particularmente aos olhos do santo padre que no ano estava presente. É sabido que a cripta, usualmente inundada com água de nascente, dá guarida a três elementos: à esquerda de quem entra, há o altar, (um altar pagão); no centro, há o altar cristão (do séc. III); e à direita há a estátua (ícone) de Santa Sara. É muito antiga. A estátua atual foi obviamente pintada de preto. Se limpidez aparece em sua face é porque é continuamente tocada e retocada.

Durante a vigília, os ciganos não mais praticam ritos especiais. Eles se satisfazem em manter observação, usualmente descalços e cabeça descoberta. Alguns deles cochilam ou dormem ao longo das paredes. Aqueles que chegam, devotos de Sara, fazem o ritual em dois atos: o toque e ornando-a com flores, pondo-lhe rendas, véus, jóias talismãs; pendurando roupas ou trajes (capas, mantos, lenços etc.). As mulheres particularmente, respeitosamente tocam a estátua e beijam as franjas dos seus vestidos. Então dependuram ao lado dela, roupas que trouxeram desde mantilhas de seda, corpetes, bustiê etc. Algumas vezes, somente pedaços de pano. Finalmente, eles tocam a santa com uma miscelânea de objetos representando os ausentes ou doentes (fotos, medalhas... ou ainda itens de roupas). E acendem velas, círios, produzindo intensa luz e calor.

A segunda parte da peregrinação cigana consiste na procissão ao mar e simbólica imersão, comum a todos os cultos da grande deusa da fecundidade. A magia da imersão induz a chuva. Claramente, obter chuva é menos importante para os nômades do que para os sedentários e casados. É evidente que a simbólica imersão de Saintes-maries-de-la-mer não mais pretende fazer chover. O ritual da fecundidade tornou-se uma bênção do mar por uma sutil adaptação da igreja. Os ciganos seguem esta transformação. Mas nesta evolução, eles conservaram o arquétipo da deusa-mãe e da virgem negra.

Do mundo inteiro vêm turistas e ciganos à cripta de Sara. A festa, como toda festa de origem católica, é religiosa e profana. Há procissões, há orações e muita música, pelotiqueiros, buena-dicha, comidas típicas, danças, na parte profana propriamente dita. Mas vamos ver um pouco de história que é essencial para a famosa peregrinação a Saintes-Maries-de-la Mer. Dias 24 e 25 de maio, todos os anos os ciganos tornaram-se costumeiros na peregrinação católica. Realmente, há uma igreja erigida em comemoração à chegada das três marias, depois de o rei René[1] ter ordenado uma investigação sobre o assunto. Velhíssima tradição registra o tal desembarque das três marias, mas não há certeza em qual lugar desceram a terra: o lugar já mencionado, com o qual estamos lidando, foi sucessivamente chamado Nossa Senhora de Ratis, de três marias, e Sainte-Marie-de-la-Barque; ratis poderia significar ‘ilha de madeira’. A escavação ordenada pelo rei René foi bem sucedida, debaixo do coro da igreja primitiva (a data em que ela foi construída é desconhecida) foram encontradas as supostas relíquias das santas. E a peregrinação tem sido registrada desde o século XV e cada vez mais florescente. A aparição de Sara se deu um pouco mais tarde e no texto Autor do fim da vida de M. Olier encontra-se esta frase: ‘Em uma arca de bronze foram depois encontradas... ossadas humanas que se acreditou ser de Sara, acompanhante das sagradas marias.’ Em 1521, Vicente Phillipon, em sua piedosa novela A lenda das santas Marias Jacobé e Salomé, registra a presença de Sara, minimizando seu papel dizendo ser apenas a serva. Ela viajara através de Camargue pedindo donativos. Dia 24 de maio foi escolhido para honrar as santas, e ciganos (presentes em Arles desde 1438) juntaram-se aos peregrinos. Mas de início não a reconheceram como Sara-a Kâli. Isto só se deu em 1496. A idéia de serva das marias foi uma idéia ecumênica. O nome dado pelos ciganos a Sara — A Kâli — significa na linguagem dos rom ora ‘mulher negra’, ora mulher cigana. Sara, na igreja pode ser a mulher de Abraão que traz em si a idéia da mãe-deusa, bem como pode ser Sari do Cáucaso, o mesmo povo que deu o nome bíblico de Sara. Se Santa Sara veio no barco com as três Marias, se estava na praia esperando por elas e as salvando, se era serva de Madalena, ou segundo outros, era sua filha e de Jesus. Também se Sara relembra a mulher de Abrão ou uma egipcíaca; tudo isto, esta confusão de lendas, só atrai mais e mais fiéis e admiradores e à festa em Saintes-Maries-de-la-mer, que só cresce ano a ano. Ciganos de toda Europa (e do Brasil) vão anualmente à Camargue, França, à igreja das santas mencionadas, para celebrar a festa de sua rainha. A cripta e a santa, no dia da festa são clarificadas por milhares de velas, acendidas pelos nômades, e postas por eles ou por eles carregadas. O calor é intenso e a alegria também. A música é maravilhosa. A procissão em direção ao mar é festiva e religiosa. Eles chamam a cripta de o ventre da mãe Sara, e a chamam de Kâli-Sara, em analogia à deusa-mãe da sua terra natal, a Índia. Sara, é conhecida como a mãe sábia, que guarda conhecimentos secretos. As mulheres ciganas têm

[1] (Renato) I O Bom (Angers 1409-Aix-em-Provence 1480). Duque de Anjou, conde de Provence, duque efetivo de Bar, duque de Lorena, rei de Nápoles, titular da Sicília, rei nominal de Jerusalem.

especial encantamento por Sara e parecem receber retribuição por isto, muitas bênçãos são atestadas. Sara está coroada e vestida com todos os atavios que os ciganos e ciganas lhes oferecem, e são tantos, que são constantemente trocados: jóias, lenços, mantos, véus e muito mais. Os devotos acariciam sua face, beijam a fímbria dos seus vestidos e colocam flores em sua volta. Cartas postas a sua volta atestam os milagres recebidos, muletas de criança encontram-se ao lado da rocha.

Quando o culto a Santa Sara veio para o Brasil, ainda é matéria controversa. Quem trouxe? É mais controverso ainda... Entretanto, podemos afirmar, sem medo de errar, que é da década de 60. Mirian Stanescon (cigana, assim ela se diz), conseguiu, após negociação pertinaz, com a Prefeitura do Rio de Janeiro, a concessão de uma gruta, no Arpoador, Rio de Janeiro, onde pôde entronizar ou fazer assentamento, para culto reverencial (de ciganos e gadjês), sendo que a imagem de Santa Sara, por tradição, deve ficar com a face virada para o mar ou, no mínimo, próximo a ele, e isto foi atendido.

PARA SABER MAIS...

CLÉBERT, Jean-Paul. The Gypsies. London: Vista Books, 1963.

DERLON, Pierre. Tradições ocultas dos ciganos. Lisboa: Bertrand 1975.

FARELLI, Maria Helena. Kali, a magia e os mistérios dos ciganos. São Paulo: Madras, 2001.

MCDOWEL, Bart & DALE, Bruce. Gypsies. Washington: National Geographic, 1970.



PRECE DE SANTA SARA KALI
(NO IDIOMA ROMANI(OU ROMANEZ).

MORRI DEI SANTA SARA QUE ANDRO TRAIO NACLIN TIRO PATIAMOS TSODIAN O TRAIO NEVO AS LE MANUCHI QUE TUSSA SAS TU QUE SAN DEULICANI KAI AS AMEM CAMASTO DEI AS ROMENG DEI LACHI KAI ERTIS LES SAMA LE ROMEN TU KAI JANES SO AMEM NACAS TU KAI JANES O NASSULIMOS BUT DATA ÂNDRE ANDAR ANDO ILO LE MANUCHESCO DIK PE AMENDE CHUDE PE TIRE CHAVÊ, TIRO LUSSO, DRAGUSSUME LE AMEM SAMA ALI AMARE DROMA, TE AVEN BÁRRTALÊ AI SATIVESTE NINGUER AMEM TCHE VASTESSA AI DROMA PUTARDE AMARE FAMILIA, AI TSO ANDO MANUCHI MAI DRAGUESTOSSO TE AVEL CHUDE TIRO LUSSO, ANDE TIRE CHEIA, TE CHAI AVEN LÊ CHAVE, ANDE PESCO TRAIO DIK PE AMENDE, ANDO NASSULIMOS, LE SAMA AMARO ILÔ LE CHASSURIA LE RROLHARICO, LE SAMA NASSULIMOS, LE SAMA AMARO ILÔ LE CHASSURIA LE RROLHARICO, LE SAMA NASSULIMOS E AMARÊ DUSMAIA AI CHUDE PE AMARO CHÊRO TIRO BRAGOSSUIMOS SARA KALI, AMARO DAT BARO CHAI NINGUERAS AMARO RUDIMOS AI PUTREL AMARE DROMA QUE TIRO LUSSO BARIOL ANDO DEL AI TE AVES BARI MASCAR AMENDE SORRO TRAIO.
 
 





Os Ciganos o Rajastan(Índia)

O povo cigano encontra na Índia o vestígio mais antigo da sua origem.

Todas as investigações assinalam o Estado do Rajastan como a região de onde apareceu, ainda que alguns estudos precisem que a sua origem deva provir de um pouco mais a sul, já quase no Estado de Gujarat e outros de um pouco mais a norte, já na fronteira com o Paquistão.
Outras investigações apontam, ainda, para um certo parentesco dos ciganos com os afegãos que fugiam das invasões muçulmanas.
A semelhança linguística entre o romani e o hindu é evidente. No entanto, e apesar de todas estas teorias, o mistério sobre as origens do povo cigano continua.
A falta de alguns bens necessários ou o desejo de procurar terras mais ricas parece tê-los impelido a deixar a Índia.

Mas nem todos os ciganos deixaram a sua origem.

No noroeste do país a lenda continua e, dentro do contexto de tolerância que se respira na Índia, os ciganos continuam a reunir-se em clãs familiares onde cada um desempenha uma função particular, artística ou ritual, perfeitamente distinguível pelas cores, tatuagens e vestimentas.

Em caravanas puxadas por bois atravessam o deserto do Thar e instalam-se perto das cidades, em tendas, para poderem realizar as suas actividades, quer sejam mendigos, poetas, cantores, jograis ou místicos.Na música.

Os Ciganos do Rajastan acompanham as festas das povoações, os diferentes acontecimentos sociais – casamentos, nascimentos.
O lirismo poético e o ritmo da declamação caracterizam a sua essência vocal.
O eco dos seus sons impõe-se no silêncio do deserto.
Cada dança é sagrada e realiza-se por algum acontecimento especial ou relacionado com as divindades.
O seu espectáculo é muito rico, combinando a cultura árabe, hindu e cigana.

Os músicos impõem um ritmo de festa que inclui dança, números de circo, malabares com fogo, teatro simbólico, etc.

FILHOS DO VENTO


FILHOS DO VENTO
Rose Arouck

São saltimbancos, andarilhos das mil e uma noite
Salpicadas de estrelas. Desmentem a vida em seus corcéis
Alados, e viajam transportados pelos sonhos em seus dorcéis.
Penetrando nas curvas do infinito, disseminam sabedoria
Debulhadas nos mistérios que cercam seus menestréis

Os alongados silêncios, com o fascínio da magia,
Envolvem os olhos alongados, que alcançam o íntimo da alma
Dos viajantes, arquejantes, na imensidão, que principia
Nas tribos, nos espaços e entrelaços, até ao canto de infinita calma.
Entregam-se aos primores do aparato em uma marcha sem rumo,
Percorrendo vales e montanhas com sonhos ofertados pelo mundo.

Transformando em abrigo os campos, com teto de céu constelado,
Seguem contentes e viris desafiando pragmáticos,
O que demonstra febril, uma simples tenda nos matos.
Bravo povo corajoso! de peito aberto ao malsã,
Defende com galhardia, a sua vida, seu clã.
Valentes cruzam com a morte, sem espada e sem boréu
Fazendo de sua beleza as pompas de seu troféu.

Arde o fogo estilhaçando, e contornando o perfil
Do corpo que numa dança se entrega ao desafio
De vencer, de conquistar, de ao amor se entregar
Numa volúpia de intentos... exalam ao cantar
Melodias flamejantes em um delirante arquejar.

Solto assim, a bela cigana, acompanhando a miragem,
Enfeita com seus encantos a lúgubre paisagem.
Valorosos caminheiros que desafiando o tempo,
Ressurgem no ar primeiro, como do amor o mais sedento:
Os intrépidos aventureiros; filhos do sol e do vento.

MENSAGEM CIGANA...

Bandeira Cigana

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ORACULO - BARALHO CIGANO


CARTAS CIGANAS

Também chamado de tarô cigano, reza a lenda que a francesa madame Lenormand inventou esse baralho simplificado, com 36 cartas, perfeito para responder a questões objetivas e estimular a intuição.

Clique aqui e conheça as Cartas do Baralho Cigano
Ilustrações: Senhora da Lua


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

MAGIA DA ÁGUA DO SOL


Magia da Água Solarizada.

A magia desta água está em ser uma água pura (de fonte, filtrada ou mineral) exposta, em frasco branco ou copo transparente, aos raios do Sol, captando e condensando as energias solares, com grandes benefícios para o corpo físico.

O tempo recomendado mínimo de exposição ao Sol é de uma hora, mas o ideal são quatro horas.

Numa emergência, pode usar uma pedrinha de gelo colocada em um copo de água, e deixá-lo ao Sol. Quando o gelo derreter todo, já foi captada energia suficiente, e a água está pronta para ser tomada.

Esta água solarizada deve sempre ser consumida não de uma vez, mas em pequenos goles, tomando-se, em média, quatro copos por dia: ao levantar, antes do almoço, antes do jantar e ao deitar, e dê preferência com o estômago vazio.

A água solarizada também pode ser usada para ativação de cristais. Esta água dura, em geral, 24 horas, e deve ser ingerida ao longo do dia.

Se a água se destina a diversas pessoas, o ideal é que seja feita com uma única qualidade de cristal (ametista, quartzo rosa, branco, etc) dependendo da atuação desejada.

Quando misturamos cristais na água, suas propriedades vão ficando mais particulares, servindo a desequilíbrios específicos (conforme a energia da pedra), além da água ficar extremamente concentrada.

Por isso, é recomendado que, de um modo geral, as águas solarizadas sejam feitas de uma mesma qualidade de cristal.

Em deficiência de energia, a cromoterapia aconselha o uso de celofane colorido envolvendo o copo da cor adequada ao problema. (veja em cromoterapia)


Propriedade Terapeutica Das Cores

VERMELHO: dá mais energia e vitalidade. Estimula o sangue e libera adrenalina. Combate resfriados sem febre. Ameniza dores reumáticas.

LARANJA: tonifica, combate a fadiga, estimula o sistema respiratório e fixa o cálcio no organismo. Aumenta o otimísmo.

AMARELO: estimulla o sistema nervoso central, contribui para regeneração de problemas ósseos, bom para prisão de ventre, potencializa o fósforo e o sódio. Estimula o intelecto.

VERDE: favorece o equilíbrio hormonal, estimula órgãos digestivos, tem ação refrescante e anti-infecciosa. Alivia a insônia.

AZUL: calmante, analgésico, indicado nas infecções com febre. Atua no sistema nervoso, vasos, artérias e todo sistema muscular. Combate o egoísmo e traz harmonia.

ÍNDIGO: ação coagulante. Atua diretamente na corrente sanguínea. Usado em casos de ferimento e sangramentos em geral. Estimula os cinco sentidos e a intuição.

VIOLETA: ação calmante e purificadora do sangue. Elimina toxínas e estimula a produção de leucócitos. Bom para pneumonia, tosse seca, asma, irritações de pele e dor ciática. Reduz medos e angústias, diminui a irritação.

A Água do Sol é um forte aliado para equilibrar e energizar seu corpo com vários benefícios, experimente!

Texto: Magia Zen


MAGIA DO ARCO ÍRIS




Esta magia funciona muito bem quando chove e o sol brilha ao mesmo tempo, e quando a luz do sol brilha através das gotas de chuva, o que gera prismas, um corte de luz em um espectro de cores.

Quando surge um arco-íris, a magia é considerada como de sorte em todos os países e têm ligações mágicas para concessão de desejos e prosperidade.

As chuvas com sol são vistas como pontes entre o céu e a terra.

Caso você não queira esperar por um prisma causado pela chuva em um dia de sol, provoque seu prisma e faça sua magia.

Coloque um copo ou jarra de vidro na direção dos raios do sol, assim de um lado bate o sol e do outro surge seu prisma.

Em um papel branco e com um lápis, escreva seus desejos relacionados às cores (um para cada significado das cores) a seguir, e na ordem:

Vermelho - amor e relacionamentos.

Laranja - alegria relacionados com desejos.

Amarelo - o desejo de poder ou de saúde.

Verde - dinheiro relacionado com desejos.

Azul - sorte relacionada ao desejo.

Índigo - proteção contra qualquer coisa negativa.

Violeta - aumentar suas habilidades psíquicas.
 
Portanto você vai descrever 7 desejos para deixar em seu arco-íris natural ou causado.
 
Deixe seu papel dobrado sob a luz do prisma pelo maior período que conseguir.
 
O próximo passo é pegar seu papel com uma pinça e queimar em uma pia para logo em seguida deixar as cinzas irem com água corrente. Enquanto queima o papel, peça a supervisão de seu anjo da guarda.
 
“Todo o universo é composto de uma energia, você e eu somos parte dela e, portanto, eu sou capaz de acessar suas energias vibracionais e desejos.”
Assim como você é capaz de acessar as energias de seus desejos em uma magia. Então utilize de sua concentração em todo ritual.
 
Texto: Magias e Feitiços / Magia Zen