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quinta-feira, 23 de maio de 2013

24 e 25 de Maio - Viva Santa Sara !!!


Como não olhar para o céu?
Como ignorar tantas estrelas que brilham no infinito?
Lua em fase crescente, cresce também a emoção em meu coração.
Estamos em maio!
Tempo em que todas as flores dos jardins ficam mais perfumadas.
Os olhares brilham!
Nossa alma cigana marejada por lágrimas de felicidade.
Sorrisos fartos...
Soltamos ao chão todos os fardos...
Voltamos nosso viver para a festa!
Frutas, fitas, lenços!
Tudo ornado com esmero.
Tudo é comemoração!
Balancem os pandeiros,
toquem os violinos.
Bailem, rodopiem, rezem!
Agradeçam!Façam novos pedidos.
É tempo de festejar nossa amada mãe, Sara!
Que se renove nossa vida, que brilhe nossos dias.
Um brinde a liberdade! Um brinde ao povo das estrelas.

(Adriana Rodrigues)


sábado, 2 de março de 2013

Karl Stojk





Karl Stojka
Karl Stojka
Wampersdorf, Áustria
20 de abril de 1931
Karl era o quarto dos seis filhos de uma família de ciganos católicos que vivia no povoado de Wampersdorf, leste da Áustria. Os Stojkas pertenciam a uma tribo cigana chamada Lowara Roma que vivia do comércio itinerante de cavalos. Eles moravam em carroças que transportavam famílias inteiras e passavam os invernos em Viena, capital da Áustria. Os antepassados de Karl haviam vivido na Áustria por mais de 200 anos.
1933-39: Cresci acostumado à liberdade, viagen, e trabalho duro. Pouco antes que eu completasse sete anos a Alemanha anexou a Áustria. Em março de 1938 nossa carroça estava estacionada em uma area própria para tais veículos, na área de camping de Viena, para passar o inverno, e os alemães nos deram ordem para permanecermos no mesmo local. Meus pais transformaram nossa carroça em uma casa de madeira, mas eu não estava acostumado a ter paredes me cercando. Meu pai e minha irmã mais velha foram trabalhar em uma fábrica, e eu iniciei meus estudos primários.

1940-44: Em 1943 minha família havia sido deportada para um campo nazista em Birkenau, destinado a prender milhares de ciganos. Passamos a viver cercados por arames farpados. Por volta de agosto de 1944 apenas 2.000 ciganos haviam conseguido sobreviver, e dentre eles eu e mais 917 outros fomos colocados em um vagão para efetuarmos trabalho escravo em Buchenwald. Lá chegando, os alemães decidiram que 20 de nós éramos incapazes de suportar o trabalho e resolveram nos enviar de volta para Birkenau. Eu era um dos incapazes, pois me consideraram muito jovem para conseguir efetuar os trabalhos, mas meu irmão e meu tio disseram que eu tinha 14 anos e era pequeno por ser anão. Assim, eu consegui ficar. Os outros foram mandados para a morte por inalação de gases venenosos.

Karl mais tarde foi deportado para o campo de concentração de Flossenbürg. Ele foi libertado perto de Roetz, na Alemanha, pelas tropas norte-americanas no dia 24 de abril de 1945. Depois da Guerra ele retornou a Viena.

Lendas Ciganas







Lendas Ciganas


- Jacó era um ferreiro cigano e passava por Jerusalém no tempo de Jesus. Sua comitiva estava parada perto da cidade santa, quando o Mestre foi preso e julgado. Os romanos preparavam o suplício e precisavam de gente para trabalhar. Nenhum carpinteiro ou ferreiro judeu, quis fazer a cruz ou fundir os cravos de ferro. Daí, que os carrascos romanos obrigaram Jacó, sob ameaça da espada, a fazer os três cravos da crucificação, dois para as mãos e um para os pés. Jacó sabia que Jesus era um justo, por isso amaldiçoou os romanos, predizendo a destruição de Roma por sua ganância e violência. Os algozes também obrigaram ele a pregar o Mestre no madeiro. Ele fez isto chorando e pedindo ao Mestre perdão. O nazareno, envolto na dor, disse ao cigano que não se preocupasse, pois o seu povo era nobre e fiel. Disse também que seriam todos agraciados, pela presença de uma virgem que viria do mar. Desde então, os ciganos passaram a esperar pela virgem e caminhar por todo o canto do Oriente e do Ocidente. Até que um dia, apareceu Santa Sara, a virgem negra. Era o dia 25 do mês de maio. Por isso, os ciganos são devotos de dois santos: a prometida Santa Sara e São Jorge, o patrono dos ferreiros. No Brasil os ciganos também são devotos de Nossa Senhora Aparecida.